Com dependente químicos |
Estive recentemente no mercado público de Tarauacá conversando com alguns dependente químicos que se estabeleceram naquela área.
Homens e mulheres que largaram família, trabalho e a própria vida por conta da dependência do álcool.
Todos têm uma história para contar e muitos deles apesar de já apresentarem transtornos mentais, dependência química, depressão, estresse e transtornos alimentares, ainda manifestam a vontade de receberem tratamento.
Em Tarauacá esse é um problema que afeta dezenas de famílias. Muitas mães me procuram para pedir que eu lute para que em nossa cidade seja criado um centro de recuperação para essas pessoas.
Encarar o problema de frente é um desafio para o doente e para sua família e para o poder público. Muitas pessoas ainda enxergam o alcoolismo como fraqueza, falta de caráter, e não como uma doença.
Um deles me confidenciou que passou 8 meses numa clínica em Rio Branco e voltou para Tarauacá. Chegando aqui, não encontrou trabalho e sem apoio da família, acompanhamento psicológico, voltou a beber.
Outro caso é o da nossa conhecida "Xuxa Park" que foi levada para Rio Branco através da prefeitura para receber tratamento e fugiu mesmo antes de começar a receber a medicação.
Dez por cento da população brasileira sofre com o alcoolismo. Os homens estão à frente nessa estatística com 70% dos casos, enquanto as mulheres correspondem a 30%. "O alcoolismo é a doença mental mais comum no mundo”, afirma Sérgio Nicastri, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein. (http://www.einstein.br/)
Vou propor que a Câmara de Vereadores marque uma audiência pública com os demais poderes e com a sociedade civil organizada, para que a gente possa discutir esse assunto e juntos encontrarmos uma saída compartilhada.
A dependência química não afeta somente a pessoa e sim toda a sua sua família e seus amigos.
Esse é um problema que diz respeito à todos nós.
JANAINA FURTADO