O Governo do Estado, por meio do IAPEN, está prestes a desativar a Unidade Penitenciária Feminina de Tarauacá e transferir as apenadas para o presídio feminino em Rio Branco, sob a justificativa de realizar melhorias no sistema prisional do Estado. Outra razão apresentada é a ausência de um prédio próprio para atender às demandas da referida unidade prisional, além das condições insatisfatórias das instalações atuais em Tarauacá.
Segundo o IAPEN, as apenadas reclusas em Tarauacá serão melhor acomodadas no novo pavilhão inaugurado em Rio Branco, que oferece uma estrutura física mais adequada. Para os familiares que não tiverem condições de comparecer pessoalmente às visitas, será mantido o sistema de televisitas, realizado por meio de chamadas de vídeo.
A responsabilidade do gestor da pasta em reconhecer a dívida existente com a empresa responsável pela locação do imóvel, assim como o limite prudencial em que o Estado se encontra, são argumentos utilizados para justificar a necessidade de transferir as apenadas da Unidade Penitenciária Feminina de Tarauacá para a Divisão de Estabelecimentos Penais de Rio Branco. A transferência está prevista para o dia 20 de fevereiro de 2025.
No entanto, ao contrário da conclusão do IAPEN, a medida já recebeu manifestações desfavoráveis da Vara de Execução de Penas no Regime Fechado e da Vara Criminal da Comarca de Tarauacá. Estas determinaram a intimação pessoal e urgente do presidente do IAPEN, exigindo que se abstenha de qualquer ato que leve à desativação da Unidade Prisional de Tarauacá ou à transferência das reeducandas custodiadas naquela comarca, até nova deliberação do juízo competente. O descumprimento da decisão poderá acarretar multa pessoal no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por cada reeducanda transferida sem autorização judicial, além das sanções criminais e administrativas cabíveis.